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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Eliete

Fotos espalhadas sobre o criado-mudo.
Nenhuma delas traz seu sorriso.
Tímida.
Cabelos pretos, olhos pequenos
Semblante triste...
Olho seu retrato todos os dias para não perder sua fisionomia.
Forço a lembrança para não esquecer os momentos em que ela foi minha:

Aos domingos minha mãe preparava macarronada com molho bem vermelho.
Ela temperava bifes e dava pedacinhos crus para eu comer.
Mãe, tô com fome
Mata um homem e come
Eu achava graça da rima sem malícia.

Um dia um inseto pousou na sua cabeça.
Ela soltou um grito e correu por toda a sala.
Passado o desespero, rimos até perder a fala.

Assim caminho pela vida:
Fazendo versos e colecionando fotos,
(re) construindo histórias perdidas em minha memória.

3 comentários:

Joh disse...

Nossa... Senti um forte aperto no meu peito, mas não é saudade, é outro sentimento que não sei como explicar, é uma mistura... Acho que aproveito pouco os momentos que passo com minha mãe, tenho sorte de tê-la ainda ao meu lado, porém veio aquela sensação que eu deixo a desejar.
Acho que vou dizer mais vezes que a amo *-*
Beijos profº, tchau, tchau!

(obs: não saio mais do seu blog, né?! rs)

Joh disse...

Sabe, eu estive pensando, certos momentos da nossa vida, mesmo com o passar dos anos nunca conseguiremos esquecer, não precisamos de fotos e nem nada do tipo, afinal o que foi realmente importante e marcante sempre estará guardadinho no fundo do nosso coração.
Nunca me esquecerei da época que brincava com os longos e loiros cabelos de minha mãe, da época que minha irmã e eu competíamos pela atenção da mãe, da primeira vez que andei de bicicleta, do medo que senti, do olhar de incentivo de minha mãe, o que eu quero dizer, é que certas lembranças são como cicatrizes, te marcam para sempre.

Unknown disse...

Mãe,eternamente em seu coração. Na mente momentos felizes de mãe e filho que serão guardados para sempre.

Continue seu caminho, com seus versos, pois suas palavras tem confortado e alegrado muita gente. bjos.